quarta-feira, 25 de maio de 2011

1 é ruim, 3 é péssimo, 4 é demais

Quatro. Quatro erros mais fortes encontrei nesta matéria do Jornal do Tocantins. Achei bem elevado o número.


Vamos lá:




Erro 1 – Faltou coesão. Imagine, ela estava informando uma ação passada, toda a frase no pretérito e o tempo verbal escapuliu.  O coeso seria “Na votação, feita no dia 17 deste mês, os pemedebistas Vilmar do Detran (PMDB) e Sandoval Cardoso (PMDB) compareceRAM a sessão extraordinária e votaram a favor da indicação.

Erro 2 – Para que essa vírgula aí? Eu a tiraria.

Erro 3 – Outro erro de coesão. O correto seria: “A orientação foi para que os deputados oposicionistas não compareceSSem a sessão.”

Erro 4 – Comeram a crase. Como ela já havia especificado a sessão, carece de crase: “à sessão”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

F5 na revista Tesouro




Até agora estou sem entender a insistência do redator por ter repetido tantas vezes a palavra voo, com o acento circunflexo. E fico intrigado ainda porque a revista Tesouro tem uma Revisora e ela não adequou a palavra à Nova Ortografia da Língua Portuguesa.


Confiram:




(Clique na foto para torná-la mais visível)

Tudo bem que, segundo alguns autores, ainda estamos em período de transição. O site Brasil Escola diz que o período de transição para as novas regras ortográficas finaliza em 31 de dezembro de 2012. 


Cá entre nós, eu acho tão cult quando vejo textos adequados à nova ortografia. Dá um ar de modernidade.


Bom, voltando à palavra em questão, "vôo" não tem mais acento. Deve-se escrever assim: VOO. Assim como enjoo, leem etc.


No caso específico, eu deixaria o marcador gráfico apenas no voo de "Vôo do Pontal", pois, se foi criado antes do acordo ortográfico, deve-se manter o acento, por ser um nome próprio.


Capa da revista Tesouro, edição 17.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vai um pastel aí?



hummmm... delícia! 


Mas não é esse pastel, não!


E, sim, este aqui:









Sem querer peguei este pastelão nesse site. Digo "ão" porque foi bem no título.

Bom, "pastel" é o termo técnico que nós, revisores, damos a palavras que vêm com algumas letras trocadas.

Ah, eu consegui esse furo antes que retificassem o erro, pois na era da internet não há mais erro eterno.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eu aposto que é aposto

O post de hoje é bem simples e vocês poderão concordar comigo, pois não faz nenhuma revolução, mas é, sobretudo, porque o erro que vou mostrar também é muito primário e bem comum.


A imagem abaixo mostra aonde está o erro na matéria.




Vejam só o trecho originalmente:
"O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto), Eduardo Pereira esteve ontem..."


A explicação também é simples, qualquer manual de redação e estilo dita essa regrinha: “Usa-se entre vírgulas o nome do detentor de um cargo ou a qualificação de uma pessoa quando só uma pessoa pode ocupar o cargo ou ter determinada qualificação”*.


Isto porque certos cargos só podem ser exercidos por uma pessoa e a simples menção ao cargo já dá a informação, contudo, para melhor contextualizar o leitor, devemos acrescentar o nome próprio do dono do cargo isolado-o por vírgulas. Isto é um aposto explicativo.


Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Que não faça tempo..

Para que não me acusem de perseguição ou de limitação, estou variando a fonte de busca de erros. Dessa vez numa reportagem no site UOL sobre o carro Cielo que foi adquirido pela polícia sérvia.


Veja:
"A marca chegou a pouco tempo ao mercado sérvio"

Este é um erro muito comum, por isso também achei interessante postá-lo aqui.

No caso, o correto seria: "A marca chegou pouco tempo ao mercado sérvio"

O verbo “haver” pode ser utilizado em expressões que indicam tempo decorrido. Então, se você desejar ter a ideia de que as horas, os dias ou os anos se passaram, deve empregar o verbo “haver” na 3ª pessoa do singular: há.