quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Presente ou passado - eis a questão!

Se você também fica passado quando vê alguém tentando usar o presente mas escrevendo o verbo no pretérito, aqui vai uma pérola do site de notícias que mais (só) tem merchandising do Estado do Tocantins.



Se não estiver legível devido ao tamanho, clique na imagem para abrir maior.

Veja o título da matéria:

Anvisa discuti descarte de prótese PIP; mulheres podem retirar ás custas do governo

Qual é o erro?

Vários, amigo (a)! 

Mas comecemos pelo "discuti". O verbo com esta conjugação é da primeira pessoa do singular do pretérito perfeito. Pelo contexto, o tempo correto seria o presente, até porque Anvisa é terceira pessoa e mesmo que fosse passado a conjugação estaria errada.

Então, o correto seria: "Anvisa discute descarte de prótese PIP"

E o outro erro, qual é?

O outro é simples, talvez tenha sido de digitação, mas refere-se ao acento em "ás". Pelo visto, quem escreveu queria utilizar o acento marcador de crase. Neste caso, melhor seria ÀS.





quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Menos, gente, menos!

Pessoal, leitores do meu blog, eu havia deixado de postar por causa de excesso de ocupação e também não podia continuar criticando os veículos locais, visto que assumi cargo de direção na Ong Giama. Mas quando fui informado da aberração abaixo foi inevitável não comentá-la.

Aconteceu hoje na solenidade de entrega dos novos ônibus do sistema do transporte coletivo de Palmas.



Alguém consegue encontrar o erro?


Bom, eu explico: A palavra MENAS não existe. De certo a colocaram aí para concordar com lotação, visto que essa palavra é feminino, porém neste caso, que normalmente pede um advérbio, o correto seria MENOS, que é palavra invariável de desinência de gênero, porque é advérbio, e os advérbios são invariáveis.


No caso aí, o advérbio é de intensidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

1 é ruim, 3 é péssimo, 4 é demais

Quatro. Quatro erros mais fortes encontrei nesta matéria do Jornal do Tocantins. Achei bem elevado o número.


Vamos lá:




Erro 1 – Faltou coesão. Imagine, ela estava informando uma ação passada, toda a frase no pretérito e o tempo verbal escapuliu.  O coeso seria “Na votação, feita no dia 17 deste mês, os pemedebistas Vilmar do Detran (PMDB) e Sandoval Cardoso (PMDB) compareceRAM a sessão extraordinária e votaram a favor da indicação.

Erro 2 – Para que essa vírgula aí? Eu a tiraria.

Erro 3 – Outro erro de coesão. O correto seria: “A orientação foi para que os deputados oposicionistas não compareceSSem a sessão.”

Erro 4 – Comeram a crase. Como ela já havia especificado a sessão, carece de crase: “à sessão”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

F5 na revista Tesouro




Até agora estou sem entender a insistência do redator por ter repetido tantas vezes a palavra voo, com o acento circunflexo. E fico intrigado ainda porque a revista Tesouro tem uma Revisora e ela não adequou a palavra à Nova Ortografia da Língua Portuguesa.


Confiram:




(Clique na foto para torná-la mais visível)

Tudo bem que, segundo alguns autores, ainda estamos em período de transição. O site Brasil Escola diz que o período de transição para as novas regras ortográficas finaliza em 31 de dezembro de 2012. 


Cá entre nós, eu acho tão cult quando vejo textos adequados à nova ortografia. Dá um ar de modernidade.


Bom, voltando à palavra em questão, "vôo" não tem mais acento. Deve-se escrever assim: VOO. Assim como enjoo, leem etc.


No caso específico, eu deixaria o marcador gráfico apenas no voo de "Vôo do Pontal", pois, se foi criado antes do acordo ortográfico, deve-se manter o acento, por ser um nome próprio.


Capa da revista Tesouro, edição 17.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vai um pastel aí?



hummmm... delícia! 


Mas não é esse pastel, não!


E, sim, este aqui:









Sem querer peguei este pastelão nesse site. Digo "ão" porque foi bem no título.

Bom, "pastel" é o termo técnico que nós, revisores, damos a palavras que vêm com algumas letras trocadas.

Ah, eu consegui esse furo antes que retificassem o erro, pois na era da internet não há mais erro eterno.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eu aposto que é aposto

O post de hoje é bem simples e vocês poderão concordar comigo, pois não faz nenhuma revolução, mas é, sobretudo, porque o erro que vou mostrar também é muito primário e bem comum.


A imagem abaixo mostra aonde está o erro na matéria.




Vejam só o trecho originalmente:
"O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto), Eduardo Pereira esteve ontem..."


A explicação também é simples, qualquer manual de redação e estilo dita essa regrinha: “Usa-se entre vírgulas o nome do detentor de um cargo ou a qualificação de uma pessoa quando só uma pessoa pode ocupar o cargo ou ter determinada qualificação”*.


Isto porque certos cargos só podem ser exercidos por uma pessoa e a simples menção ao cargo já dá a informação, contudo, para melhor contextualizar o leitor, devemos acrescentar o nome próprio do dono do cargo isolado-o por vírgulas. Isto é um aposto explicativo.


Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Que não faça tempo..

Para que não me acusem de perseguição ou de limitação, estou variando a fonte de busca de erros. Dessa vez numa reportagem no site UOL sobre o carro Cielo que foi adquirido pela polícia sérvia.


Veja:
"A marca chegou a pouco tempo ao mercado sérvio"

Este é um erro muito comum, por isso também achei interessante postá-lo aqui.

No caso, o correto seria: "A marca chegou pouco tempo ao mercado sérvio"

O verbo “haver” pode ser utilizado em expressões que indicam tempo decorrido. Então, se você desejar ter a ideia de que as horas, os dias ou os anos se passaram, deve empregar o verbo “haver” na 3ª pessoa do singular: há.